Pões-me facilmente um sorriso na face. Digo: que regresse preparada, posto que aprendo truques novos todos os dias. Faz algum tempo que ergui-me da terra e do gelo. Agora posso andar à luz do dia — com um pouco de desconforto é claro, mas nada que me mate. Na verdade perdeste algumas aventuras minhas... nem sabes as coisas que sacrifiquei... É claro, também, que ninguém me vê por aí... ou quase ninguém... Agora quem brinca com fogo sou eu. Realmente não sei o que já captaste da minha mente... mas o que sabes de quem sou? ...e como sou? Minha querida, brinco com fogo invisível... como chamas de metanol... Antigamente me diriam alquimista... mas há muita superstição em torno desta definição atualmente... Prefiro dizer: "Minha querida, sou uma soma impossível!"
Mas ainda há gelo em meus ombros... estou só em uma torre linda... o fogo invisível é perigoso... tenho receio e tenho coragem... talvez... no fim das contas... eu seja mais humano que a maioria dos humanos... demasiado humano... demasiado humano e só... Talvez o grande perigo esteja em estar simplesmente adorando tudo isso... E te confesso baixinho que onde havia uma árvore... só há cinzas agora... Novamente. E sussurro: "Tu, dá-me um segredo... dá-me um segredo pela eternidade... sua bruxinha do bairro francês... desafio-te!"
PS: ...já pensaste numa terra devastada e nós? Ou alguns de nós? Quero dizer... este é um sinônimo para a eternidade: terra devastada.
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