Prólogo

É aquela velha história…
Vampiros fingindo ser humanos fingindo ser vampiros…

Mas a maioria dos missivistas estão mortos…
O Theatre des Vampires há muito desfeito… — Nada poderia ter sido tão maravilhoso como Arte e repugnante como Conceito Ideológico…
Os Antigos dormem, ou apenas perderam o interesse pelo que tem Substância Material… — Recuso-me a falar dos que enlouqueceram…
Os que se fizeram de Heróis, um dia, foram tragados por uma Escuridão de Dúvidas e abarcados pelo que se revela sem abandonar o seu Mistério… — O Desespero Silencioso é um dos acometimentos mais terríveis sobre qualquer tipo de existência.




Então eu não estou aqui para ser herói, ou qualquer coisa assim… Eu sou um Pretexto para a Poesia… foi assim que fui concebido… foi assim que consegui manter alguma Sanidade…
Não que eu seja imune aos Lépidos Desesperos Devoradores de Alma… mas eu sempre fiz de tudo para me manter em movimento, no fluxo das coisas, desde antes de ser entregue ao Irremediável Poder das Trevas… — um dia eu conto essa história…
É por isso que eu continuo… e vou continuar até que o Sol devore este nosso Planetinha, vocês vão ver. E se quiserem ver mesmo… bom… vão ter de implorar por uma mordida…

sábado, 11 de abril de 2009

Erguendo-me do gelo em Busca de Novos Segredos…

Pões-me facilmente um sorriso na face. Digo: que regresse preparada, posto que aprendo truques novos todos os dias. Faz algum tempo que ergui-me da terra e do gelo. Agora posso andar à luz do dia — com um pouco de desconforto é claro, mas nada que me mate. Na verdade perdeste algumas aventuras minhas... nem sabes as coisas que sacrifiquei... É claro, também, que ninguém me vê por aí... ou quase ninguém... Agora quem brinca com fogo sou eu. Realmente não sei o que já captaste da minha mente... mas o que sabes de quem sou? ...e como sou? Minha querida, brinco com fogo invisível... como chamas de metanol... Antigamente me diriam alquimista... mas há muita superstição em torno desta definição atualmente... Prefiro dizer: "Minha querida, sou uma soma impossível!"

Mas ainda há gelo em meus ombros... estou só em uma torre linda... o fogo invisível é perigoso... tenho receio e tenho coragem... talvez... no fim das contas... eu seja mais humano que a maioria dos humanos... demasiado humano... demasiado humano e só... Talvez o grande perigo esteja em estar simplesmente adorando tudo isso... E te confesso baixinho que onde havia uma árvore... só há cinzas agora... Novamente. E sussurro: "Tu, dá-me um segredo... dá-me um segredo pela eternidade... sua bruxinha do bairro francês... desafio-te!"

PS: ...já pensaste numa terra devastada e nós? Ou alguns de nós? Quero dizer... este é um sinônimo para a eternidade: terra devastada.

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