Prólogo

É aquela velha história…
Vampiros fingindo ser humanos fingindo ser vampiros…

Mas a maioria dos missivistas estão mortos…
O Theatre des Vampires há muito desfeito… — Nada poderia ter sido tão maravilhoso como Arte e repugnante como Conceito Ideológico…
Os Antigos dormem, ou apenas perderam o interesse pelo que tem Substância Material… — Recuso-me a falar dos que enlouqueceram…
Os que se fizeram de Heróis, um dia, foram tragados por uma Escuridão de Dúvidas e abarcados pelo que se revela sem abandonar o seu Mistério… — O Desespero Silencioso é um dos acometimentos mais terríveis sobre qualquer tipo de existência.




Então eu não estou aqui para ser herói, ou qualquer coisa assim… Eu sou um Pretexto para a Poesia… foi assim que fui concebido… foi assim que consegui manter alguma Sanidade…
Não que eu seja imune aos Lépidos Desesperos Devoradores de Alma… mas eu sempre fiz de tudo para me manter em movimento, no fluxo das coisas, desde antes de ser entregue ao Irremediável Poder das Trevas… — um dia eu conto essa história…
É por isso que eu continuo… e vou continuar até que o Sol devore este nosso Planetinha, vocês vão ver. E se quiserem ver mesmo… bom… vão ter de implorar por uma mordida…

terça-feira, 14 de julho de 2009

Obsessões e Estilhaços…

Estive pensando…
O meu posicionamento privilegiado para captar possibilidades e a minha ousadia são a chave para a Fatalidade… Mas eu já desconstruí o futuro uma vez, não?! — eu e meus Acintes Temporais…

Eu sou um construtor vindo da Adversidade e um destruidor da Obviedade.
Eu apenas quero salvar o mundo…
…absurdo… — já vimos coisa assim em prática, não?! As Obsessões são o que nos mantém nessa existência cheia de trevas e vermelho sangue… Quando não são a nossa destruição…

Penso em quantos já tentaram se livrar desta casca marmórea e não conseguiram… E, afinal de contas, o que sabemos realmente do post mortem?
Quanto a isso…
Muita coisa não passa de um Jogo de Conjecturas; a certeza é um elemento raro e quase mágico.
…mas quem é que não quer salvar o mundo?! …à sua maneira…
É como querer arrancar os olhos de quem não sabe admirar o céu noturno ou uma bela poesia.
Essa unidade distinta que somos é feita de estilhaços e pedaços oscilatórios e momentâneos, todos esperando uma chance para se constelar.

Então aqui está mais um Estratagema da Existência Secular: Descobrir como Juntar esses Estilhaços…


Constelar: Termo junguiano: a entrada em atividade de um arquétipo.