Prólogo

É aquela velha história…
Vampiros fingindo ser humanos fingindo ser vampiros…

Mas a maioria dos missivistas estão mortos…
O Theatre des Vampires há muito desfeito… — Nada poderia ter sido tão maravilhoso como Arte e repugnante como Conceito Ideológico…
Os Antigos dormem, ou apenas perderam o interesse pelo que tem Substância Material… — Recuso-me a falar dos que enlouqueceram…
Os que se fizeram de Heróis, um dia, foram tragados por uma Escuridão de Dúvidas e abarcados pelo que se revela sem abandonar o seu Mistério… — O Desespero Silencioso é um dos acometimentos mais terríveis sobre qualquer tipo de existência.




Então eu não estou aqui para ser herói, ou qualquer coisa assim… Eu sou um Pretexto para a Poesia… foi assim que fui concebido… foi assim que consegui manter alguma Sanidade…
Não que eu seja imune aos Lépidos Desesperos Devoradores de Alma… mas eu sempre fiz de tudo para me manter em movimento, no fluxo das coisas, desde antes de ser entregue ao Irremediável Poder das Trevas… — um dia eu conto essa história…
É por isso que eu continuo… e vou continuar até que o Sol devore este nosso Planetinha, vocês vão ver. E se quiserem ver mesmo… bom… vão ter de implorar por uma mordida…

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Admirável Mundo Novo… (Parte X) — A História de Órion… (Parte II) — Mistérios e Mitos Através dos Tempos…

— Diziam que aqueles chacais haviam sido mandados à Creta, do próprio Egito, por um sacerdote egípcio. Ás vezes eu até ouvia, nas vilas, histórias alegóricas com a imitação de uma sombria voz do sacerdote dizendo: “…e eles devorarão a prosperidade da ilha…”

“Fora as aves de rapina, não havia qualquer outro tipo de animal predador anteriormente na ilha. Por um tempo apenas ouvi que havia animais estranhos vagando a leste das Montanhas Brancas, e então vieram os ataques a animais domésticos nas fazendas de Myxorrouma e Aphodoulou. Foi o senhor de Aphodoulou que identificou os animais como sendo chacais que ele havia visto no Egito em uma de suas viagens. Mas todas as histórias mirabolantes e superstições só vieram depois do que houve em Monastiraki: uma criança foi encontrada sem vida nos limites da vila, com sinais óbvios do que poderia ter causado aquilo. O pai da criança, transtornado e sozinho, saiu amaldiçoando os ‘cães do inferno de Anpu’ com espada e escudo de bronze em punho, a oeste, na direção das Montanhas Brancas. [mapa]

Montanhas Brancas


“Simplesmente nunca mais retornou. Os que foram atrás dele depois, não encontraram nem o homem, nem os chacais. E os passeios sob o luar, que tornava as montanhas de Creta tão brilhantes, nunca mais foram os mesmos…

Monte Dikte


“Meu pai não permitia que eu saísse em viagem com ele; ‘não tem idade ainda’, ele simplesmente dizia. Mas eu estava bastante animado; eu estava com 17 e meu irmão Arat foi ingresso com 18 anos na expedição. Dessa maneira eu me ocupava com as coisas da fazenda, sempre recebi treinamento do manejo da espada, treinos que se intensificaram naqueles últimos anos, minha mãe tinha me ensinado a escrita havia algum tempo, pois era ela quem cuidava de toda a parte administrativa da fazenda, e, a pedido de meu pai, eu estudava cartas náuticas e tratados comerciais. Bom, isso só poderia significar que logo, pela primeira vez, eu deixaria Creta para conhecer o mundo; era assim que eu pensava.”

Nesse momento Órion quis suspirar nostalgicamente, mas nós dois estávamos vazios da matéria. Nós éramos apenas duas mentes unidas em um lugar e em um tempo muito além até mesmo da distância física que nos apartava do mundo. Um lugar e um tempo quase esquecidos pela história humana.

— O senhor de Vathypetro passava longos períodos fora de sua casa, mas, por vezes, também se estabelecia demoradamente. Quando o fazia, ele assumia pessoalmente meus treinos com a espada. Isso era bom, apesar de ser um instrutor exigente, podíamos passar um bom tempo juntos e conversar bastante. “Hyron…”, pois esse era meu nome, o que meu pai havia me dado, “…circunstancialmente, a força bruta não é de essencial importância em uma batalha. Procure se livrar de vícios e cacoetes. Agilidade e uma ação direta são bastante eficientes…”, ele dizia. Naquela época, 17 anos recém completos, eu tinha não mais que um metro e sessenta e cinco de altura, por mais incrível que pareça, distribuídos em 65 quilos. Boa parte dos meus oponentes poderia ser maior que eu; ele queria que eu não me importasse com isso. Às vezes ele organizava pequenas competições amistosas com espadas de madeira entre a tripulação, e meus irmãos e eu também participávamos, assim, eu podia medir minha habilidade, pois, ao menos nos limites do Mediterrâneo, vivia-se uma época de relativa paz. Paz e modo de vida cretense que se tornariam uma utopia nos anos posteriores…


Anpu: Mitologia Egípcia: Referência a Anúbis, deus guardião das tumbas, guia e juiz do submundo, geralmente descrito como um homem com a cabeça de um chacal.

a escrita: A civilização minóica possuía uma língua oficial escrita em um sistema ideo-silábico, isto é, com silabogramas e ideogramas, nomeada de Linear A por Arthur Evans. A escrita minóica permanece incompreendida e a sua língua não aparenta ligação a nenhuma língua conhecida.

modo de vida cretense: A distribuição das riquezas desempenhou um grande papel na estrutura da Creta minóica. Construções de múltiplos cômodos foram descobertas, mesmo em áreas “pobres” da cidade, revelando uma igualdade social entre os habitantes.

Um comentário:

  1. Pow Diogo vc escreve mto bem cara
    alem do q as coisas q vc escreve sao otimas cara continue assim
    ainda acho q vc deveria escrevr um livro ahaha
    abraco

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