“Terrível é estar a sós com o juiz e o vingador da nossa própria lei! E como um astro precipitado no espaço vazio e no meio do sopro gelado da solidão.”
Todo aquele vazio estava cheio de possibilidades. Era isso que me preenchia, que me invadia e me extasiava. Eu estava sozinho… mas não me sentia só.
A minha mente era como uma aranha… a tecer teias por puro prazer… por estar farta de insetos.
Eu divagava devagar, movendo-me a uma velocidade incrível, mas sem sentir; eu apenas sabia. — São poucas as coisas que realmente temos certeza! — Eu estava explorando o inexplorado como batedor de um séquito que jamais viria… eu estava sozinho… mas não me sentia só.
…essa foi uma lição da infância…
A solidão nunca foi uma inimiga, mas uma aliada da minha imaginação…
…e uma mão irrefutável a me guiar a mim mesmo.
…desde então eu nunca pude escapar de mim mesmo…
…o advogado e o acusador de mim mesmo…
…dualidades se chocando dentro de mim resultando em um buraco, um abismo chamado loucura. Tal abismo só pôde ser preenchido com conhecimento; aqui está mais um Estratagema da Existência Secular! O conhecimento é o alicerce da consciência: como se fossem estacas que apóiam onde necessário, não importa o quão fundo o abismo as levar. Se achas que estás livre de recalque, engana-te! Mas sempre é possível fazer ajustes, reforços e novos escoramentos. O ideal seria um monobloco do conhecimento universal interconectado solidamente, polimericamente, a ocupar cada fresta do abismo. Podes tentar… mas o conhecimento de toda a Terra e sua história assentado desde o fundo, interconectado solidamente, não preencheria um centésimo do abismo; por isso alguma sabedoria naturalmente nos apóia nas estacas do conhecimento.
…mas naquele momento eu vagava entre as estacas… dentro do abismo… e eu confesso: nessas horas a loucura é algo que faz sentido… uma consideração viável… não no sentido de fuga, não! Jamais! Eu digo: ela, a Loucura, faz totalmente sentido… por uns instantes…
…por uns instantes…
…sinto frio…
…parfois me sens comme un garçon…
…et c’est inconfortablement sain…
[NIETZSCHE, Friedrich W. Assim Falou Zaratustra. "Dos Caminhos do Criador"]
Todo aquele vazio estava cheio de possibilidades. Era isso que me preenchia, que me invadia e me extasiava. Eu estava sozinho… mas não me sentia só.
A minha mente era como uma aranha… a tecer teias por puro prazer… por estar farta de insetos.
Eu divagava devagar, movendo-me a uma velocidade incrível, mas sem sentir; eu apenas sabia. — São poucas as coisas que realmente temos certeza! — Eu estava explorando o inexplorado como batedor de um séquito que jamais viria… eu estava sozinho… mas não me sentia só.
…essa foi uma lição da infância…
A solidão nunca foi uma inimiga, mas uma aliada da minha imaginação…
…e uma mão irrefutável a me guiar a mim mesmo.
…desde então eu nunca pude escapar de mim mesmo…
…o advogado e o acusador de mim mesmo…
…dualidades se chocando dentro de mim resultando em um buraco, um abismo chamado loucura. Tal abismo só pôde ser preenchido com conhecimento; aqui está mais um Estratagema da Existência Secular! O conhecimento é o alicerce da consciência: como se fossem estacas que apóiam onde necessário, não importa o quão fundo o abismo as levar. Se achas que estás livre de recalque, engana-te! Mas sempre é possível fazer ajustes, reforços e novos escoramentos. O ideal seria um monobloco do conhecimento universal interconectado solidamente, polimericamente, a ocupar cada fresta do abismo. Podes tentar… mas o conhecimento de toda a Terra e sua história assentado desde o fundo, interconectado solidamente, não preencheria um centésimo do abismo; por isso alguma sabedoria naturalmente nos apóia nas estacas do conhecimento.
…mas naquele momento eu vagava entre as estacas… dentro do abismo… e eu confesso: nessas horas a loucura é algo que faz sentido… uma consideração viável… não no sentido de fuga, não! Jamais! Eu digo: ela, a Loucura, faz totalmente sentido… por uns instantes…
…por uns instantes…
…sinto frio…
…parfois me sens comme un garçon…
…et c’est inconfortablement sain…
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